Um dos pilares mais importantes da relação entre cliente e fornecedor é a confiança de que a troca comercial será de ganha-ganha. O Controle de Qualidade garante, por um lado, que você forneça produtos dentro das normas estabelecidas pelo seu setor de atuação, com eficiência, rentabilidade e de forma otimizada. E assegura, por outro lado, que seu cliente terá um produto ou serviço condizente com a compra realizada.
Entenda mais sobre o que é, o que faz e por que é tão importante ter uma área bem desenvolvida de Controle de Qualidade na sua empresa para atingir bons indicadores de desempenho.
O que é controle de qualidade?
Controle de Qualidade são métricas utilizadas para garantir que algo passe por determinadas etapas e que o resultado obtido seja o esperado ou, no mínimo, dentro da margem do ideal projetado. A área de avaliação pode alterar, mas a lógica não. Por exemplo, temos Controle de Qualidade de medicamentos, de serviço prestado, de produtos e outros mais.
Quando o efeito não é o esperado, a conclusão da análise é contrária, e busca-se identificar em qual momento algo não saiu como o esperado, o porquê e qual ação deve ser tomada para se restabelecer o padrão ou para chegar nele.
O que faz o controle de qualidade?
O Controle de Qualidade é a garantia de que o cliente receberá o que oferecemos dentro das definições técnicas pré-estabelecidas, ou para quem é da área dos serviços, segurança de que a execução da atividade corresponderá ao padrão previamente definido.
Além disso, permite que problemas procedimentais sejam identificados e corrigidos mais facilmente, de modo a não comprometer a rentabilidade do negócio e direcionar as ações para fomentar melhorias estratégicas em diversos setores da empresa.
Como fazer o controle de qualidade?
Para fazer o Controle de Qualidade do seu produto ou serviço, é necessário que você escolha qual método se encaixa melhor às suas necessidades diante das regras que gerem seu nicho de negócio. Possui Normas Regulamentadoras? Quais as exigências dos órgãos de controle nacional? Quais são os perigos que o seu cliente corre, e seus colaboradores?
Todas essas questões são necessárias para identificar o grau de detalhamento e registro que cada atividade denota e, na sequência, identificar qual método ou ferramenta incorporar para alcançar melhorias em indicadores como produtividade, lucratividade e Nível de Satisfação dos Clientes (NPS).
Quais são os cinco principais tipos de Controle de Qualidade?
Para te ajudar a visualizar melhor como ferramentas de Controle de Qualidade podem contribuir no desenvolvimento do seu negócio, separamos cinco métodos para a definição de processos a depender de cada setor da sua empresa. Confira abaixo:
1. Fluxograma: uma estratégia visual e prática
O Fluxograma é uma representação visual de um processo e das etapas de execução relacionadas a ele. É muito utilizado porque ao descrever todas as nuances de uma atividade, permite a identificação e a localização de problemas na área analisada, e também porque em casos de dúvidas, em qualquer estágio, sobre o que fazer o fluxograma apresenta sempre as possibilidades reais da tomada de decisão e seu desfecho.
2. Carta de Controle: parâmetros aceitáveis e constantes
Se o processo é contínuo e o resultado é um problema recorrente, então existe alguma falha dentro do processo. A Carta Controle é uma ferramenta que é utilizada para identificar se uma ação se mantém de forma contínua. Contudo, não significa que o resultado obtido é o desejado e isso pode ser um alerta de que algo no processo está incorreto.
Sua representação utiliza um eixo X, do qual é relacionado com a dimensão temporal analisada, ou seja, dias, semanas ou meses, e um eixo Y, que determina um valor encontrado durante a coleta de amostra correspondente ao período de controle.
Após esses registros contínuos, temos a definição de Limite Superior de Controle (LSC) e Limite Inferior de Controle (LIC) que é calculado estatisticamente a partir da média padrão da produção e feita a distribuição dos valores coletados.
Variações que se situam dentro dos limites estabelecidos LSC e LIC são consideradas comuns, fora desses limites, variações especiais que podem indicar um ponto de atenção e de correção.
3. Folha de verificação: Periodicidade e resultados
A Folha de Verificação busca identificar com que frequência um evento ocorre e quais seriam os valores gastos e ações direcionadas para cada episódio. Para estabelecer esse Controle de Qualidade, o ideal é que o trabalho seja feito de forma coletiva e por um tempo pré-estabelecido.
O grande objetivo é transformar impressões subjetivas em dados objetivos. Para isso é indispensável que a definição do que se pretende verificar esteja compreensível e acessível para todos os envolvidos. E ainda, que as pessoas envolvidas tenham tempo para fazer o registro sem que uma verificação ocorra simultaneamente com outra no mesmo local.
Ao checar os números de ocorrências, a intervenção é direcionada objetivamente a fim de diminuir tais eventos, otimizar os processos e melhorar indicadores de sucesso.
4. Diagrama de Pareto: 1/5 dos motivos, 80% dos transtornos
O Diagrama de Pareto é um método comparativo que elenca qual o nível de prioridade de intervenção, isto é, ele é acionado após um levantamento quantitativo dos problemas encontrados e transformado em um gráfico de barras a partir do eixo X definido pelo período.
Em via de regra, a categoria com maior frequência, ou de maior valor, ou ainda, de mais prejuízo — depende do que você estiver analisando — fica do lado esquerdo do gráfico, que precisa ter escala de 1 para 1.
Mas, aqui, fazemos um alerta, é preciso levar em consideração o nível de gravidade que envolve um acontecimento e ponderá-lo com a frequência.
5. Diagrama de Ishikawa: Identifique as causas, minimize os efeitos
O Diagrama de Ishikawa é conhecido também como diagrama de causa e efeito e diagrama espinha de peixe. A lógica deste método é isolar um efeito e observar por 6 óticas as possíveis causas para esse problema. Método, Medidas, Mão-de-obra, Meio Ambiente, Máquina e Materiais são os pontos que precisam ser analisados e onde se encontra a causa desse efeito/problema.
Para cada causa que envolve essas 6 óticas, existe um sintoma, ou seja, como isso se manifesta no processo. A ideia é que você identifique e resolva a causa que resulta no problema, não o sintoma. Em eventos que possuem muitas causas atuando de forma conjunta, identifica-se quais são os principais motores desse problema e faz-se a intervenção.
O que faz uma pessoa que trabalha no Controle de Qualidade?
Existem diversos cargos associados ao Controle de Qualidade de uma empresa. Auxiliar, analista, supervisor e mais alguns níveis que interpelam essa área e que estão presentes e são necessários a depender do tamanho e da complexidade do setor.
Uma pessoa que trabalha no setor de Controle de Qualidade faz atribuições que envolvem a execução de trabalhos como:
- Implementar sistemas de Controle de Qualidade;
- Coletar dados para análise;
- Garantir a execução dos processos;
- Trabalhar em prol da satisfação do cliente e da produção interna;
- Identificar melhorias estratégicas nos processos;
- Atuar em projetos de execução e etapas de produção de itens;
- Elaborar relatórios e capacitação coletiva das etapas definidas e programadas em cada área.
Organizar e definir um setor ou inicialmente um pequeno grupo de pessoas responsáveis por esse trabalho faz muita diferença nos números da sua empresa e principalmente na sua perpetuação dentro do ramo dos negócios.
Agora que você já sabe quais as melhorias e mecanismos de Controle de Qualidade para sua empresa, que tal conhecer mais sobre Planejamento de Recursos Empresariais (ERP)? Te espero lá, até breve!