Reserva de emergência: o que é e como calcular

A reserva de emergência é usada em casos de necessidade extrema – apenas quando imprevistos acontecem.

É importantíssimo guardar uma quantia assim que a loja de roupas é inaugurada, visto que não é possível prever quando a reserva financeira será útil.

Aprenda com a gente: o que é reserva de emergência e dicas de quanto guardar.

homem pensando em dinheiro

O que é reserva de emergência?

A reserva de emergência é uma quantia de dinheiro que você guarda para imprevisto. É uma estratégia útil para que você não precise realizar empréstimos ou recorrer ao fluxo de caixa normal.

Por que manter uma reserva de emergência?

Para evitar imprevistos e estar pronto(a) para lidar com eles, claro. No meio lojista, eles se dividem em dois: internos e externos.

Os internos são situações que você consegue controlar dentro da loja, como funcionários, estoque, loja física e produtos, enquanto os externos são condições impostas pelo mercado, como inflação e condições climáticas.

Veja exemplos práticos de crises que podem afetar grandemente a sua loja caso ela não tenha fundos emergenciais:

  1. Recessão ou crise econômica (inflação, desemprego, redução do consumo);
  2. Perda de mercadoria por extravio, incêndio, enchente, roubo, etc.;
  3. Aumento de custos sem aviso prévio (reforma urgente);
  4. Períodos anuais de baixíssima demanda (sazonalidade). em que as vendas não suprem os custos fixos;
  5. Não vender produtos de alto investimento.

O ato de manter uma reserva de emergência é uma forma de garantir o máximo de controle possível em situações de atrito.

E, por mais que as situações que citamos sejam negativas, é importante saber que a reserva de emergência também é útil em investimentos promissores.

Por exemplo, a chance de alugar/comprar um ponto de venda melhor e o aparecimento de uma oportunidade única de investir em uma coleção ou publicidade. Enfim, apenas em situações extraordinárias.

homem empilhando moedas

Como calcular a reserva de emergência?

O cálculo para conquistar a reserva de emergência é construído aos poucos. Fizemos um passo a passo detalhado para facilitar esse processo, entenda as fórmulas de maneira descomplicada na sequência.

1° passo: entenda o fluxo de caixa

O fluxo de caixa é a quantia financeira que entra e sai do caixa. Ou seja, a quantidade de dinheiro proveniente de vendas e gastos com custos fixos e variáveis para manter o funcionamento da loja.

Tome pleno conhecimento de como o fluxo de caixa funciona (incluindo dados diários, semanais, mensais, semestrais e anuais), anote tudo em uma planilha e tenha total controle financeiro.

representação de um cofre digital  na cor rosa cheio de moedas e dinheiro em papel

Veja também: como montar fluxo de caixa

2° passo: calcule os custos fixos e variáveis

Os custos fixos são aqueles que não variam de um mês para o outro.

Para exemplificar: salários de funcionários (desde que não tenham comissão de vendas, nesse caso são variáveis), aluguel de equipamentos, maquinários e estabelecimento, provedores de internet e serviços terceirizados (manutenção mensal).

Já os custos variáveis oscilam para mais ou menos periodicamente. Água, energia, embalagens, combustíveis, matéria-prima, serviços temporários, impostos sobre vendas, fornecedores, etc.

Some separadamente os fixos e variáveis, após elencar a lista de custos e despesas,

homem contando dinheiro

3° passo: ordene por prioridades

Com todos os custos devidamente organizados, elenque por ordem de prioridade, como a sugerida a seguir:

  • Prioridade 1: itens que a empresa não pode ficar em falta em nenhum momento;
  • Prioridade 2: ações/produtos que é possível ficar sem durante 7-30 dias;
  • Prioridade 3: custos que a empresa pode abrir mão durante 30 dias ou mais.

A ordem de importância pode variar conforme a empresa e modelo de gerenciamento.

Dica: coloque em última prioridade os custos que são negociáveis, como boletos de fornecedores e pagamentos com datas inflexíveis em primeiro lugar.

4° passo: multiplique por 6 os custos da prioridade 1

Some todos os custos da prioridade 1 e multiplique por 6 – esse é o valor mínimo para ter na reserva de emergência!

Essa quantidade supre os principais custos durante 6 meses, o período destinado a encontrar alternativas de reverter a situação ou, como diz o ditado, para segurar as pontas.

Durante esse tempo, o fluxo de caixa custeia a prioridade 2. A prioridade 3 é negociável até resolver o financeiro.

  • Reserva de emergência = soma dos custos da prioridade 1 x 6

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5° passo: estabeleça quanto você pode destinar à reserva

Um fluxo de caixa saudável é quando as vendas pagam todos os custos e tem lucro. Portanto, veja qual porcentagem do fluxo de caixa é possível destinar à reserva de emergência.

Se possível, acrescente como custo fixo até acumular o valor total. Conselho: determine o valor com base numa perspectiva mensal.

6° passo: projete o futuro

Depois de determinar o valor saudável para guardar todos os meses, divida pelo valor total da reserva da emergência como descrito na seguinte fórmula:

  • Reserva de emergência = (soma dos custos da prioridade 1 x 6) ÷ reserva mensal

O resultado desta conta é a quantidade de meses que você precisa para acumular o valor total (mínimo para uma emergência). Por isso, é importantíssimo usá-la apenas em casos de necessidade extrema, para que o valor não fique em déficit.

O investimento na reserva de emergência é recorrente. Após atingir o valor estipulado inicialmente, refaça o cálculo de custos e veja se é preciso agregar mais.

Após alcançar a meta, continue acumulando 50% do valor mensal destinado. Assim, você utiliza metade para realizar investimentos e, ao mesmo tempo, continua se precavendo para imprevistos.

Aprendeu como calcular reserva de emergência? É descomplicado e, com as fórmulas básicas que construímos, fica ainda mais fácil se organizar financeiramente.

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Jefferson Back

Jefferson Back

Graduado em Publicidade e Propaganda, fascinado pelo mundo da comunicação, empreendedorismo e comportamento humano.

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